Olá! O Innistrad Championship ocorreu no último fim de semana e falaremos um pouco sobre o torneio, mais especificamente sobre o metagame e os principais decks dos formatos Standard e Histórico. Para o Standard, farei uma rápida análise, pois em outro artigo falo bastante sobre os decks que são basicamente os mesmos, mas adaptados ao metagame esperado para o torneio. Quanto ao Histórico, não houve muita surpresa em relação aos decks que mais utilizados e aos que se sobressaíram.
Standard
Comecemos com o Standard, cujo metagame foi dentro do esperado com Izzet Control sendo o principal deck, seguido pelo Mono White e Mono Green. Como venho falando há um tempo, considero o Izzet o melhor deck do formato, um pouco a frente do melhor aggro, MonoW, e a maior parte dos jogadores do Championship concordam comigo, tanto que não só jogaram com o deck como ajustaram suas listas para ganhar mirrors com muitas cartas focadas para a match.
Izzet Turns
Para comentar sobre o Izzet, peguei a lista do mais recente campeão mundial, Yuta Takahashi, que foi montada para ganhar mirrors de Izzet sem deixar de lado o mar de aggros do formato, especialmente o monoW. Achei muito boas as adições de 1 Saw It Coming e 1 Negate no main deck, cartas excelentes na mirror e razoáveis contra aggro no game 1. O que mais chamou minha atenção foram as duas cópias de Behold the Multiverse, uma cantrip altamente sinérgica com Galvanic Iteration copiando a mágica para dar scry 4 e draw 4 por apenas 4 manas.

Outro aspecto interessante são os 4 Smoldering Egg no sideboard, criatura boa em basicamente todas as matches. A presença dessa carta pode forçar oponentes a deixarem cartas ruins pós-side contra o deck, como Fading Hope e mais remoções que normalmente não estariam lá.
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Mono White
O MonoW, segundo arquétipo mais jogado no Championship, não mostrou muitas mudanças em relação às listas previamente utilizadas. Talvez uma inovação tenha sido a adição de Welcoming Vampire por alguns jogadores, única mágica que gera vantagem de cartas para o baralho, além de escapar de remoções vermelhas, como Cinderclasm, Burning Hands e Prismari Command.

Mono Green
Por sua vez, o MonoG apresentou diversas versões com alguns slots diferentes. Algumas listas não usaram Wrenn and Seven, outras contaram com 3 ou 4 Snakeskin Veil no main deck enquanto outras usaram apenas 1 ou 2, alguns jogadores usaram Ascendant Packleader e deixaram a curva mais baixa, porém o núcleo do arquétipo se manteve o mesmo de sempre, como esperado.
O restante do Mategame
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O restante do metagame foi irrelevante com poucas cópias de Orzhov Control, versões alternativas do Izzet e baralhos aleatórios como Esper Control, Jund Aggro, Grixis Control e Jeskai Dragons. Acho válido citar que quase 70% dos decks estavam dentre os três principais arquétipos, Izzet Control, MonoW e MonoG, sendo que não devemos ver mudanças até a próxima coleção.
Histórico
Sobre a porção de Histórico do torneio, tivemos boas “surpresas” no metagame e uma variedade interessante, com exceção do top 8. Já era esperado que o Selesnya Humans e Izzet Phoenix fossem os dois arquétipos mais utilizados a partir dos resultados em torneios do formato e ranqueada do Arena.
O que me surpreendeu foram as 26 listas de Heliod Company (Selesnya Lifegain Combo), os 18 Jeskai Control e somente 16 Jund Food, uma opção muito boa para o fim de semana, levando em consideração que haveria muitos aggros e talvez Golgari Food, a grande estrela do torneio.
Golgari Food
Começando pelo melhor deck do torneio, dados os resultados, e um dos mais cansativos com os quais jogar pelo tanto de cliques necessários, o Golgari Food não é uma surpresa e já o citei em outros artigos sobre Histórico. Tivemos a classificação do brasileiro Lucas Caparroz para o Innistrad Championship com o deck, fora jogadores que foram bem na ranqueada com ele. A partir disso, o arquétipo se destacou como uma das melhores opções do formato, sendo ruim em poucas matches, contra decks com Mayhem Devil, por exemplo.
A capacidade do deck causar dano letal repentinamente com Ravenous Squirrel é surreal, principalmente com Cauldron Familiar + Witch’s Oven na mesa. Além da sinergia muito forte entre as criaturas, Trail of Crumbs é uma das melhores cartas do formato, gerando vantagem facilmente a partir da mecânica de comida e desequilibrando a partida. The Meathook Massacre é parte relevante do combo para causar 2 de dano com gato e forno por ativação e o melhor de tudo, ainda temos Lurrus of the Dream-Den para voltarmos qualquer permanente para a mesa!
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Se ainda tinha alguém que não respeitava o deck, é bom passar a gastar slots do sideboard com ele, pois veremos muito mais do arquétipo nas próximas semanas de torneios, apesar de as cartas de Alchemy provalmente trazerem ares novos ao formato, principalmente com a volta de Omnath, Locus of Creation pouquíssimo nerfado.
Selesnya Humans
O arquétipo mais utilizado do fim de semana na parte Histórica, o Selesnya Humans, foi muito hateado pelo Golgari Food, predador natural dos aggros com remoções baratas e chump blocks infinitos com o gato e forno, e os Izzet Phoenix com muitas spot removals. Sendo assim, somente Christian Hauck se saiu bem com o deck no fim de semana.

As listas de Selesnya são as mesmas de sempre com uma nova tecnologia, Ollenbock Escort para dar indestrutível a alguma criatura. Temos Luminarch Aspirant e Thalia’s Lieutenant para distribuir marcadores e garantir a ativação da habilidade do Escort. Algumas listas usaram Selfless Savior para proteger suas criaturas de remoções. Por um lado, o cachorro é mais garantido de cumprir sua função, pois não tem condicionalidades como o Escort para dar indestrutível. Todavia, não sendo um humano, não possui sinergia com o baralho, estando ali somente para ser sacrificado.
Pelos resultados do fim de semana, acredito que o deck perca força e outros baralhos tomem um pouco do espaço deixado, apesar de ainda ser um deck muito sólido e explosivo.
Izzet Phoenix
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O segundo arquétipo mais utilizado, Izzet Phoenix veio em peso e muito bem com 3 jogadores no top 8 usando listas razoavelmente diferentes. Enquanto Yuta Takahashi prezou por uma linha mais focada em remoções leves e interações para a mirror com Aether Gust e Mystical Dispute, Kiihne usou uma lista mais padrão com Stormwing Entity e Sprite Dragon. A lista que mais me surpreendeu foi a de Görtzen, com Delver of Secrets, um dos maiores erros cometidos por jogadores de formatos que não sejam pauper. De resto, os slots são bem padrões no main deck e no sideboard.

Acredito que as 3 cópias Flame-Blessed Bolt por Takahashi tenham sido muito bem acertadas focando demais a mirror, pois Arclight Phoenix é exilada por 1 mana em instant speed, além de lidar com boa parte das criaturas do Selesnya. Ao mesmo tempo, seu sideboard conta com um sólido kit anti-control com Narset, Parter of Veils, Chandra, Torch of Defiance, Negate e mais Mystical Dispute ao mesmo tempo que tem mais interações contra aggros e hate de cemitério, algo tão importante nesse formato.
Jeskai Creativity
O Jeskai Creativity de Yo Akaike é bem interessante por contar com o combo principal de Indomitable Creativity para Serra’s Emissary, contudo tem 4 cópias de Magma Opus e 3 Mizzix’s Mastery, ou seja, o baralho não depende totalmente da Emissária para ganhar as partidas, além de conseguir conjurar Magma Opus no turno 3, uma jogada sempre muito bem-vinda (desde que seja você quem estiver fazendo a jogada e não o outro lado da mesa).

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Não acredito o arquétipo tenha pegado jogadores de forma desprevenida, mas a lista foi muito bem montada para ganhar de aggros e tem ferramentas para mirrors de combo/control. Principalmente com Hullbreaker Horror, talvez a melhor carta de Crimson Vow, o deck se torna melhor contra qualquer control e vira a chave rápido o suficiente para vencer.
Finalizando
Por hoje é isso! Espero que tenham gostado da análise e do torneio. Apesar do top 8 cansativo com 3 decks de gato e forno, achei o nível elevadíssimo com partidas muito disputadas. Quaisquer dúvidas, comentários ou feedback estou disponível nos comentários abaixo. Abraços e até a próxima!
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