Izzet Phoenix é o melhor deck do Pioneer. Mesmo quando ele não é, acaba se tornando no longo prazo porque sua mistura e cantrips eficientes, ameaças difíceis de remover sem hate dedicado e alta flexibilidade que apenas uma estratégia de Turbo Xerox permite o adapta para quase todo Metagame. Ele é a escolha segura do formato e, consequentemente, a mais perigosa quando recebe novas adições capazes de impactar sua lista.
Não levou uma hora desde a revelação da única saga de Duskmourn para os grupos de comunicação como os do WhatsApp lotarem de pessoas especulando o potencial dela no Izzet Phoenix - The Tale of Tamiyo tem um potencial explosivo no arquétipo, mas também muito condicional.
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No passado, jogadores descartariam a possibilidade de uma Saga jogar no deck quando nem Fable of the Mirror-Breaker foi o suficiente. Mas agora, com Proft’s Eidetic Memory mostrando que o Izzet Phoenix pode, sim, usar cartas além de instantâneas e feitiços, basta uma interação mais poderosa para as suposições começarem.
Neste artigo, nos aprofundamos em The Tale of Tamiyo e como ela pode - ou não - impactar o Pioneer!
The Tale of Tamiyo - Análise

The Tale of Tamiyo é uma saga de quatro capítulos cujos três primeiros repetem a mesma habilidade. Antes de falar delas, ressalto um adendo do que vi muitos jogadores interpretando errado ao ler o card: você precisa pagar os custos de mana dos cards exilados com a última habilidade, e você só pode conjurar eles no momento em que são copiadas. Não é possível jogá-las pelo resto do turno e muito menos da partida e, apesar de ser o comum que custos não sejam pagos em efeitos parecidos, você precisa, sim, pagar para jogar um Consider.
Então, o verdadeiro atrativo da nova saga para o Pioneer está na primeira habilidade: millar dois cards com chances de repetir o processo tem potencial de gerar card advantage muito rápido nas listas certas. Por exemplo, ao millar dois cards com tipos parecidos, você ganha um draw e repete o processo - mesmo que você não tenha a sorte ou planejamento para repetir o efeito duas vezes, ela já gerou valor positivo se sua lista tem interações com o cemitério.
O problema é quando você não encontra esse requerimento. No seu ETB, The Tale of Tamiyo se transforma em um mill 2 por com efeitos posteriores classificados como lentos quando comparados com Picklock Prankster ou Otherworldly Gaze, e as restrições de deckbuilding para funcionar podem ser caras demais até para listas que compartilham muitos tipos de cards.
The Tale of Tamiyo e Izzet Phoenix
Mas afinal, teria a nova saga potencial no melhor deck do Pioneer na atualidade? mill 2 e draw 1 é um efeito relevante para o arquétipo e semelhante ao de Thought Scour, que não está disponível no formato, mas era uma staple do arquétipo quando ele existia no Modern. O problema são as condições necessárias para extrair valor e a quantidade de turnos em que ele precisa se estender.

Hoje, os números do Izzet Phoenix incluem 12 criaturas, 20 mágicas instantâneas, 8 feitiços e 19 terrenos. Com slots ocasionais pertencendo a dois encantamentos (Proft’s Eidetic Memory) ou mais duas mágicas (Temporal Trespass e Galvanic Iteration) ou dois Planewalkers (Ashiok, Dream Render). No melhor cenário, 2/3 do deck compartilham tipos: terrenos e instantâneas - mas eles não compartilham entre si.
No cenário ideal, um jogador quer millar dois terrenos ou instantâneas, comprar uma mágica e millar um Arclight Phoenix em seguida (vamos fingir que o millar duas fênix em um trigger não existe porque as chances são de 0,3%). O que vier depois é lucro e não devemos considerar possível sem concessões mais pesadas. Eu prefiro deixar a matemática mais complexa para quem entende do assunto, mas segundo uma calculadora hipergeométrica, a média de chances de acertar com The Tale of Tamiyo no Izzet Phoenix pode variar entre 9 e 16% por trigger, com média de um hit vez a cada seis triggers no resultado mais otimista.
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O verdadeiro valor, então, é o que você extrai do cemitério. A nova saga alimenta Treasure Cruise com o bônus de potenciais draws no decorrer dos turnos. Se chegar até o quarto capítulo, sozinho, ela consegue desencadear qualquer número de Arclight Phoenix em seu cemitério além de gerar um valor absurdo - mas é contra interativo com Treasure Cruise e Delve já que você quer preparar um turno muito explosivo com ele.
Mas… com o que ele está competindo?

O principal slot que The Tale of Tamiyo poderia ocupar são os de Proft’s Eidetic Memory e Picklock Prankster. No caso do encantamento, ambos exercem funções diferentes: Eidetic Memory quer transformar qualquer criatura em ameaça, é um aumento de clock muito rápido e difícil de lidar por parte dos Midranges. Picklock Prankster é um efeito muito forte de draw e mill para o Pioneer acoplado num corpo que bloqueia bem os Aggros.
The Tale of Tamiyo é mais comparável com cards que não vêem jogo no Izzet Phoenix. Por exemplo, Fable of the Mirror-Breaker tem o mesmo custo em cores que o deck pode comportar e nunca apareceu em listas apesar das vantagens que ele garante em, inclusive, alimentar Treasure Cruise e colocar Arclight Phoenix em jogo enquanto Founding the Third Path tem funções parecidas e também nunca apareceu no arquétipo.
Portanto, dada as circunstâncias, inconsistência e competição, o hype em torno da nova saga parece exagerado e não deve durar muito conforme os dias passam e após o lançamento de Duskmourn.
Onde The Tale of Tamiyo pode encaixar no Pioneer?
É difícil imaginar uma lista hoje onde a saga se encaixa. Poderíamos apontar para interações com outros arquétipos que usam o cemitério, especialmente os de Neoform com Delve para buscar Atraxa, Grand Unifier. Mas não apenas esses decks estão em baixa, como três manas e quatro ciclos para funcionar é tempo demais para um combo que, idealmente, quer acontecer entre o terceiro e quarto turno.

Jeskai Ascendancy poderia ter algum uso em ocasiões muito específicas, mas também é outro deck desaparecido do Metagame desde o banimento de Expressive Iteration. Outras opções envolvem combos com Rona, Herald of Invasion em listas com foco em cards lendários que podem se aproveitar dos draws extras e mill com Emry, Lurker of the Loch e talvez até reutilizar cards como Retraction Helix no quarto capítulo.
Conclusão
Normalmente, meus destaques envolvem falar de cards que são muito importantes e/ou com potencial para fazer a diferença em seus respectivos Metagames, e a temporada de prévias é sempre acompanhada de hype nos vários formatos de Magic.
The Tale of Tamiyo foi um dos raros casos em que me senti compelido a falar que algo provavelmente não vai funcionar, talvez a única nessa temporada, mas não a última nas minhas análises do jogo. O hype é natural e, da mesma forma, também é natural levar tempo até entendermos o potencial de cada card - eu não coloquei nenhuma expectativa em Proft’s Eidetic Memory até jogadores de Phoenix começarem a usar o encantamento no MTGArena.
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No fim, especular é parte da diversão. Alguns gostam de sentir esse hype crescendo, enquanto outros gostam de manter expectativas realistas do que pode ocorrer quando o novo set sair - decidi seguir pelo segundo exemplo desta vez, mas também é possível estar absolutamente errado sobre o novo encantamento da mesma forma que estive, por exemplo, com Guide of Souls em Modern Horizons 3.
Obrigado pela leitura!
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